O Pterígio é uma doença ocular que costuma se manifestar normalmente em adultos jovens e idosos, podendo afetar apenas um olho ou ambos, sendo caracterizada por uma espécie de “carne nos olhos” que cresce na superfície da córnea em direção à pupila.
Causas do Pterígio
A formação dessa “carne” pode ocorrer por razões genéticas, mas geralmente é uma resposta física do olho a um processo de irritação ocular crônica, que pode ser provocado por fatores como exposição excessiva à luz solar sem a proteção de óculos escuros e ao vento.
Outras causas que podem provocar o surgimento do Pterígio são o contato prolongado com produtos químicos e com elementos como a poeira, areia, pólen e fumaça. Possuir olhos claros também pode ser um fator que contribui com seu aparecimento.
Gravidade
O Pterígio normalmente não é um problema grave, e sua formação pode acontecer lentamente ao longo da vida, podendo até parar de crescer em certa época, entretanto, seus sintomas podem ser muito incômodos como irritação, ardência, ressecamento e sensação de corpo estranho no olho.
Ele pode causar diversos tipos de sintomas, sendo que em casos mais graves, há possibilidade dele crescer de tal forma que pode até cobrir a pupila, interferindo na visão do paciente.
Graus do Pterígio
O Pterígio pode ser classificado em graus distintos de acordo com a sua extensão, conforme descrevemos a seguir.
Grau 1
O Pterígio é considerado como grau 1 quando ele começa a invadir a córnea, possuindo um tamanho inferior a 2 milímetros e apresentando um corpo bem definido.
Grau 2
O Pterígio grau 2 apresenta um tamanho maior, podendo atingir entre 2 e 4 milímetros, o que pode afetar a córnea e causar agravamentos como o astigmatismo e redução da visão.
Grau 3
Já no grau 3, seu tamanho pode ultrapassar os 4 milímetros e a “carne” já está bem avançada sobre a córnea, podendo interferir no campo visual do paciente, causando uma perda parcial de sua visão.
Como evitar
O Pterígio pode ser evitado através de algumas medidas bem simples como fazer uso de óculos escuros que possuem proteção contra raios solares do tipo UV, e se possível, ficar resguardado de locais com muita exposição à radiação solar.
Manter os olhos bem hidratados/lubrificados, fazendo uso de lágrimas artificiais (colírios lubrificantes), principalmente em ambientes que possuem ar condicionado, clima seco ou vento diretamente nos olhos, também é uma medida que pode ajudar a evitar a formação do Pterígio.
Outra maneira de se prevenir contra essa doença é consultar regularmente um médico oftalmologista, pois o diagnóstico precoce pode fazer com que a lesão não consiga atingir um grau elevado, evitando causar danos significativos à visão do paciente e até mesmo a necessidade de cirurgia.
O que causa piora do Pterígio
Algumas coisas podem piorar o Pterígio, dentre elas destacamos a exposição excessiva ao sol sem a devida proteção de óculos escuros contra os raios UV.
A frequência em ambientes com ar condicionado ou com muito vento, poeira, fumaça, areia e pólen, são outros fatores que causam agravamento da doença.
O contato prolongado com produtos químicos e o constante esforço visual, também tendem a piorar o quadro.
Como tratar e acabar com o Pterígio
O Pterígio geralmente não costuma demandar tratamento no caso de lesões menores e quando não existe a presença de sintomas.
No caso do aparecimento de sintomas leves, recomenda-se procurar um oftalmologista, sendo que normalmente há a indicação do uso de compressas geladas e de colírios.
Porém, diante do agravamento do quadro, existem casos que demandam a realização de uma cirurgia.
Quando se deve operar
Normalmente, a realização da cirurgia é indicada quando não há uma resposta positiva após a investida de tratamentos anteriores, com o uso de colírios, por exemplo.
Também é aconselhável optar pela cirurgia quando o paciente estiver com algum tipo de comprometimento de sua visão.
Outro caso que pode levar o paciente a operar, é quando ele se sente extremamente incomodado com os sintomas e principalmente a aparência estética do seu olho.
A cirurgia do Pterígio é perigosa?
A cirurgia do Pterígio em si, não é considerada perigosa e apresenta um risco relativamente baixo, possuindo um curto período para a recuperação do paciente para suas atividades diárias leves.
O maior risco, no caso, é a chance do problema aparecer novamente, principalmente quando o paciente realiza a cirurgia ainda na juventude ou quando não existe uma cobertura da área afetada, deixando-a sensível e propícia a infecções.
Como funciona a cirurgia
A cirurgia de Pterígio costuma ter a duração de 30 minutos, sendo feita no centro cirúrgico e com anestesia local, não exigindo a internação do paciente, que receberá alta pouco tempo depois de sua realização.
Existem várias técnicas cirúrgicas para a remoção do Pterígio, sendo a que apresenta menor taxa de recidiva (quando a doença volta) é o procedimento onde o médico oftalmologista remove a “carne” que cresceu e faz um enxerto ou transplante de um pedaço de membrana do mesmo olho no local da área afetada.
Apesar de apresentar baixas taxas de recidiva, esse tipo de técnica cirúrgica não garante que a doença suma para sempre, e no caso de retorno da lesão, é possível realizar o tratamento novamente.
Quanto tempo para se recuperar da cirurgia
Na maioria dos casos, a recuperação da cirurgia de Pterígio é rápida, permitindo que os pacientes voltem às suas atividades rotineiras dentro de poucos dias após sua realização.
Geralmente, quando é um caso mais simples, (Pterígio graus 1 e 2) gasta-se em média, uma semana para o paciente se recuperar.
Já nos casos mais complexos, onde o Pterígio é reincidente, ou onde houve um maior trauma cirúrgico devido ao tamanho ou aderência da “carne” (Pterígio grau 3), será necessário mais tempo.
Cuidados após a cirurgia
O procedimento cirúrgico é de pouca complexidade, porém o pós operatório pode ser doloroso, portanto é necessário que o paciente tome alguns cuidados nos primeiros dias após a cirurgia.
Normalmente é recomendado o uso de tampão no olho operado no primeiro dia após a cirurgia para prevenir possíveis riscos de infecção, além do uso de colírios durantes os primeiros meses que ajudarão a reduzir a inflamação e a possibilidade da doença voltar.
Perguntas mais comuns
Existem algumas perguntas que são frequentes nos consultórios oftalmológicos, quando o assunto é Pterígio. Selecionamos abaixo as mais comuns.
Quem tem Pterígio pode ficar cego?
O Pterígio é uma lesão benigna e não costuma causar cegueira. O que pode acontecer é o fato da “carne” crescer tanto, que chegará ao ponto de obstruir a visão do paciente.
Qual melhor colírio para Pterígio?
Não existe um melhor colírio para Pterígio. No caso de detecção da doença, aconselha-se procurar um médico oftalmologista para que ele possa avaliar o caso e recomendar o tratamento mais adequado.
Quem tem Pterígio pode usar óculos?
O uso de óculos escuros com proteção contra raios UV é recomendado para evitar o aparecimento do Pterígio ou seu agravamento. No caso dos óculos de grau, não existe nenhum impedimento para seu uso.
Quem faz a cirurgia precisa usar óculos escuros?
É recomendado o uso de óculos escuros com proteção contra raios UV após a realização da cirurgia de pterígio, pois a exposição excessiva à luz solar é um dos fatores que pode desencadear o aparecimento da doença.
Pode-se assistir TV após a cirurgia?
Não existe nenhuma restrição quanto ao fato de assistir televisão após uma cirurgia de Pterígio, porém, pode acontecer de ocorrer ardor, lacrimejamento e até mesmo dor de cabeça, pois o olho fica bem sensível.
Onde tratar do Pterígio no Rio de Janeiro
Dr. Diego Silveira Lima é oftalmologista formado pela UFJF, pós-graduado pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia e membro titular da SBCPO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular).
Especialista em Oculoplástica e Estética, preza pela segurança e excelência nos atendimentos prestados, atuando de forma a sempre garantir a saúde e beleza dos olhos dos seus pacientes.
Além da ampla formação e experiência, se mantém constantemente atualizado através de cursos e congressos, garantindo aos seus pacientes toda a segurança esperada de um especialista.
Com mais de 10 anos de experiência, atualmente atende em consultório próprio localizado no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.
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